Friday, November 11, 2005

Nas Montanhas da Coreia do Norte


Nas montanhas e vales da Coreia do Norte, encontram-se pelo menos 36 campos prisionais, onde se vivem situações de horror, que vão desde torturas, a abortos forçados, violações de mulheres, e rações mínimas para alimentação. São campos de trabalho onde se vive em total angústia, sofrimento e escravatura. Não é difícil entrar nestes campos de autêntico inferno, basta somente cantar uma simples música pop da Coreia do Sul.
Várias testemunhas que conseguiram escapar destes campos, referem que, estes foram construídos segundo o modelo estalinista, e tal como no tempo de Estaline, a Coreia do Norte esconde a sua existência.

Casos ocorridos:

Vários norte-coreanos para fugirem à fome e repressão tentam passar a fronteira para a China, a fim de chegarem a Seul, na Coreia do Sul. Maior parte não consegue chegar ao seu destino, uma vez que, ou são apanhados ainda na Coreia ou os que conseguem chegar á China são repatriados pelas autoridades. O que lhes espera são torturas violentas, no caso das mulheres se estas estiverem grávidas são obrigadas a abortos forçados, as que já têm filhos são obrigadas a assistir à sua morte, esta ocorre normalmente por asfixia.

Existem campos que recebem presos que recebem penas fixas, em que, no seu termo são libertados. Mas, muitos não conseguem chegar ao fim da pena e acabam por morrer em acidentes de trabalho nas minas, fábricas, pedreiras, ou por não resistirem à fome.


Ji Hae-nam, fazia parte de um comité do Partido dos Trabalhadores. Numa festa cantou uma música sul-coreana. Os vizinhos denunciaram-na. Foi presa, espancada e violada. Ao fim de dois anos e dois meses libertaram-na.


Milhares de norte-coreanos são detidos por crimes políticos e são presos com vários membros da família, hás vezes até três gerações, que são distribuídos por áreas ou campos diferentes, ficando impedidos de contactarem entre si. Estes norte-coreanos são presos sem qualquer processo judicial e muitos cumprem penas perpétuas. Trabalham como escravos em minas, a cortar árvores, ou a tratar de animais de criação, esta última tarefa é considerada privilegiada, visto que, permite o acesso a rações para se alimentarem. Mas há quem não tenha tanta sorte. É o caso de Kim Tae Jin, que esteve no mesmo campo entre 1988 e 1992, e para sobreviver comia plantas, raízes, ratos, cobras, sapos.

Fonte: http://historiaeciencia.weblog.com.pt

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